A tomada de decisão precisa ser baseada cada vez mais na gestão de dados. A transformação digital é uma das provas desse novo modelo e o gestor precisa readaptar o seu pensamento estratégico.
Diante de um novo cenário digitalizado e tecnológico, os achismos estão em plena decadência, sob pena de levar a gestão empresarial a rumos totalmente inadequados em relação ao mercado.
No entanto, como a gestão de dados pode influenciar uma tomada de decisão efetivamente? O valor do conhecimento humano deverá ser substituído? Entenda!
Por que a tomada de decisão deve ser baseada em dados?
Vamos começar com uma constatação interessante: dá para desconsiderar deduções para a tomada de decisão? Talvez sim! Por outro lado, é possível negligenciar os dados do negócio? Com certeza não!
De forma nenhuma, aqui, subestimamos o poder da experiência e da capacidade de análise de um profissional, que acaba sendo fundamental para a transformação dos dados em informações úteis. O que afirmamos é quem diante de um extenso volume de informações e da alta velocidade das mudanças, a análise e o embasamento nos dados se tornam inevitáveis.
Finalmente, podemos considerar o caso mais representativo que é o perfil de interatividade do cliente, que mudou radicalmente nos últimos anos, de um comportamento presencial para uma conduta tecnológica com pesquisas em websites, aplicativos de smartphones e presença em redes sociais. É claro que esse novo perfil pode ser totalmente rastreado por dados.
Quais os benefícios dos dados para tomada de decisão?
Dados já influenciavam a tomada de decisão na gestão antiga, porém, o método do "achismo" ganhava maior importância, dependendo do nível de experiência do gestor.
Hoje, a gestão de dados influencia a tomada de decisão por meio de ferramentas tecnológicas que permitem aplicar maior precisão nas informações. Além disso, é possível sincronizar essas informações entre os diversos setores de um negócio e obter decisões mais alinhadas ao contexto geral da concessionária.
Outro fator irrenunciável no modelo de gestão atual é a velocidade com a qual as transformações têm acontecido e impactado os negócios. Diante disso, as decisões precisam ser mais rápidas e eficazes e isso só é possível com o auxílio da gestão de dados. Adiante, pontuamos alguns dos maiores benefícios para tomada de decisão:
- visão mais sistêmica (ampla) do negócio, seus produtos e áreas;
- redução de vieses cognitivos, isto é, fatores que afetam o julgamento;
- aumento da precisão das decisões estratégicas, táticas e operacionais;
- melhor compreensão do ambiente externo, suas oportunidades e ameaças.
- melhor compreensão dos consumidores, suas demandas e "dores";
- construção de modelos para projeção de cenários e análise de tendências;
- identificação de correlações e relações causais (isto causa aquilo);
- melhor diagnóstico de problemas, como erros de estoque ou atrasos de entrega.
Note, portanto, que o uso de dados pode implicar em melhorias nos diversos níveis e áreas da organização. Também pode ajudar a entender melhor o ambiente no qual a organização está inserida. Em última análise, o uso de dados gera mais lucro e competitividade.
Quais as principais ferramentas da gestão de dados para a tomada de decisão?
Um sistema de gestão permite o acesso completo, organizado e seguro dos dados, além de gerar relatórios que podem facilitar a análise. A partir de agora, veremos algumas das principais ferramentas que o novo gestor precisa implementar para que o seu serviço seja mais estratégico e eficiente. Entenda as suas aplicações.
Business Intelligence
Business Intelligence, ou inteligência de negócios, em português, é uma ferramenta que auxilia o gestor a compor o seu planejamento estratégico e buscar a otimização do seu negócio por meio de informações-chave da organização.
Por meio desse método, é possível validar ou revisar estratégias, conhecer mais profundamente o perfil do seu público, aprimorar as rotinas e processos do fluxo de trabalho, dentre outras funcionalidades.
Big Data
Big Data significa grande volume de dados na tradução livre. Porém, o conceito é representado por uma ferramenta tecnológica que permite o tratamento e a organização de extensos volumes de dados.
Plataformas de gestão
Uma das saídas mais inteligentes para criar uma cultura digital — também chamada cultura data-driven — é aderir a soluções integradas que tendem a gerir a estrutura do negócio por completo, organizando, protegendo e oferecendo dados para as estratégias da organização.
Um ecossistema automotivo, por exemplo, precisa de soluções que contemplem os diversos setores-chave que compõem as concessionárias, sincronizando e otimizando informações em:
- setor de estoque;
- CRM;
- oficina;
- vendas;
- pós-vendas;
- departamento fiscal;
- setor contábil;
- setor financeiro.
Cloud computing
O conceito de cloud computing da Dealernet, por exemplo, é especialmente valioso no universo digital, já que oferece uma gestão baseada em computação na nuvem, que permite, dentre outros recursos:
- imprimir atualizações automáticas em alterações realizadas no sistema em qualquer lugar e a qualquer momento;
- fazer um backup automático de arquivos da concessionária com garantia de integridade dos dados;
- ter baixo custo de links para acesso às informações;
- ter baixo custo em manutenção de servidores;
- ter segurança da informação com criptografia de dados;
- ter um servidor próprio.
Análise preditiva
A análise preditiva se relaciona com a simulação de cenários futuros. A partir de dados concretos, o gestor pode vislumbrar perspectivas de crescimento por meio de planos e ideias.
Isso pode ser simulado e validado, acompanhando os resultados possíveis diante de caminhos escolhidos. A partir daí, o gestor aumenta o nível de certeza sobre as melhores medidas a serem tomadas para a evolução da concessionária.
Análise de dados
A análise é um processo de avaliação de tudo o que foi gerado em relação a dados nos últimos relatórios. Ou seja, é uma forma de o gestor buscar, em números, gráficos, filtros ou outros recursos, o embasamento para novas decisões.
Isso difere da análise preditiva que tem o objetivo de estabelecer cenários futuros de acordo com os dados atuais, auxiliando o gestor a montar previsões e a estabelecer estratégias para otimizar o seu negócio.
LGPD
Mais um impacto importante sobre os efeitos da transformação digital no mundo dos negócios, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) surgiu, visando a proteger dados de clientes e a orientar uma "conduta digital" a ser observada pelas empresas com informações pessoais de clientes.
Ou seja, a gestão baseada em dados não se restringe ao âmbito do negócio, mas contempla informações sobre os seus clientes e a inobservância dessa lei pode gerar multas de até R$ 50 milhões.
Bem, nesse novo cenário, já dá para perceber uma nova exigência de perfil de gestor, que precisa ter tanto visão holística do negócio quanto visão tecnológica para manter a alta performance.
Como contar com dados para tomada de decisão?
Agora que entende a importância da tomada de decisão com dados e as ferramentas em destaque, é hora de compreender quais são as etapas de um processo de decisão e como a análise de dados funciona dentro desse contexto. Aqui, explicaremos como coletar, organizar e estruturar seus dados para fazer escolhas. Então, continue com sua leitura.
Busque dados verídicos, variados e volumosos
Para tomar boas decisões a partir dos dados, é importante pensar na qualidade dos seus dados. Ou seja, no quanto eles efetivamente representam a realidade da sua empresa ou do seu mercado. Dados inadequados podem gerar equívocos, como uma visão distorcida.
Na prática, busque por 3Vs: veracidade, variedade e volume. Dados verídicos são aqueles autênticos, que representam bem sua realidade. Dados variados fornecem diferentes pontos de vista, como a satisfação dos clientes ou a aceitação dos seus produtos. Dados volumosos estão presentes em grande quantidade, o que gera mais segurança à análise.
Defina seu fluxo de trabalho com dados
Trabalhar com dados pode ser um pouco complicado, dependendo da profundidade das suas análises e do tipo de tecnologia que tem disponível. Exatamente por isso, hoje, certas empresas contam com times de análise e cientistas de dados em seu quadro de trabalho.
Aqui, o ideal é conhecer o fluxo de trabalho de dados e customizá-lo para a realidade do seu empreendimento. Um fluxo natural envolve três etapas: coleta, organização e análise.
A coleta refere-se ao levantamento dos dados, por exemplo, do seu software gerencial ou sistema de relacionamento com o cliente. A organização refere-se à disposição dos dados, como em tabelas ou gráficos. A análise é o ato de estudar e avaliar, subsidiando a decisão.
Construa relatórios e dashboards gerenciais
É bem comum que gestores organizem seus dados em forma de relatórios e/ou painéis de controle (dashboards). Por exemplo, existem relatórios de venda e performance financeira, entre outros. Bons relatórios fornecem uma visão imediata, precisa e profunda.
Para construir seus relatórios, a primeira coisa é definir qual seu foco. Pode ser a análise da captação de novos clientes, por exemplo. Em sequência, é importante definir indicadores e métricas que farão parte do relatório, como satisfação e lealdade dos consumidores.
Analise os ambientes interno e externo
A maioria dos dados e relatórios oferecem uma visão interna do empreendimento, dos processos e produtos. O ponto é que a visão externa também é importante, afinal, permite que o gestor analise o que está acontecendo fora da empresa.
Neste caso, o ideal é que também busque por dados e relatórios externos. Muitos podem ser obtidos de maneira já estruturada, geralmente de consultorias, instituições públicas ou bancos. Relatórios de projeções econômicas, aquecimento de consumo e tendências de mercado, entre outros. O importante é, na decisão, também considerar dados externos.
Adote uma boa tecnologia para o trabalho
Existem muitos tipos de tecnologia para análise de dados. Algumas são mais complexas, como linguagens de programação; outras são mais simples e podem até automatizar boa parte do seu trabalho de análise — é o caso dos mais modernos softwares gerenciais.
Um bom software gerencial conta com módulos para automação e emissão de relatórios, bem como criação de painéis de controle. Esses relatórios comumente estão ligados à área financeira, comercial ou de estoque, permitindo que compreenda bem atuais números.
Invista na segurança da informação
Trabalhar com dados é importante, mas também demanda algumas preocupações. É preciso ter cuidado com ataques cibernéticos, vazamento de informações ou mesmo erros internos (como falhas de cadastramento) que afetem a veracidade dos seus dados.
Portanto, ao lado do setor de tecnologia da informação ou consultoria especializada, é útil desenvolver uma política de segurança da informação, adotar tecnologias para proteção de dados e investir no treinamento da força de trabalho. Assim, conseguirá inibir problemas.
Quais as consequências da falta de análise de dados?
Você já conhece os benefícios da análise de dados, mas quais os riscos de tomar decisões sem boas informações? Como isso afeta os resultados do empreendimento? Neste tópico, vamos apresentar algumas das consequências em deixar a análise em segundo plano.
Uma primeira consequência está na piora das decisões. Quase todos os dias, executivos devem fazer escolhas de financiamento, investimento, operacionais e tributárias. Caso as informações sejam inexistentes, incompletas ou imperfeitas, a decisão é prejudicada.
Imagine, por exemplo, decidir entre o investimento A ou B, sem saber o potencial de retorno de cada alternativa. É como dar um “tiro no escuro” torcendo para acertar o alvo. Dados permitem que você avalie e compreenda as alternativas, melhorando sua escolha. Adiante, pontuamos outros problemas que podem resultar da falta de análise. Confira:
- forte dependência de opiniões pessoais, que têm limites e vieses;
- maior opacidade ao olhar para o ambiente interno e externo do negócio;
- maior exposição à aleatoriedade, exigindo-se sorte para acertar o alvo;
- baixa compreensão das dinâmicas de causa e efeito entre as variáveis;
- crescimento da insegurança ao fazer escolhas, seja de curto ou longo prazo.
Note, portanto, que existem muitos riscos. Hoje, não é difícil eliminá-los (ou pelo menos reduzi-los), visto que existem diversas tecnologias que melhoram o fluxo de trabalho com dados, otimizando coleta, organização e análise. Bons softwares gerenciais, por exemplo.
Para encontrar um bom software, avalie seus módulos e funcionalidades, pesquise sobre a qualidade do seu fornecedor e estude a relação custo-benefício da ferramenta.
Agora você está por dentro do assunto. Lembre-se sempre que a tomada de decisão pode ser aperfeiçoada com o uso de dados variados, verídicos e volumosos. Para tanto, é preciso contar com boas ferramentas, como plataformas gerenciais e tecnologias de computação em nuvem. Também é preciso contar com boas políticas e práticas para analisar dados.
Gostou do artigo? Quer investir na análise de dados para tomada de decisão? Então, entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar sua empresa. Vamos lá!